Paciente com varíola dos macacos no RN teve que esperar 35 dias por medicamento

Benício Toureiro, de 23 anos, foi internado no fim de setembro no Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, por causa da dor que sentia com as feridas da varíola dos macacos (monkeypox ou mpox).

Dois meses depois, o rapaz tornou-se a 13ª vítima da doença no Brasil. O País é o segundo com maior número de óbitos e casos no mundo e cuja resposta ao surto é vista como ineficiente por especialistas.

Internado com a doença, Benício passou 50 dias à espera do tecovirimat, o único remédio que tem se mostrado eficaz contra o vírus no mundo.

O produto também é o único aprovado, em caráter emergencial, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Brasil recebeu o primeiro lote do medicamento em agosto, mas não tem conseguido garantir uma frequência no envio de novos estoques para atender à demanda.

Desde a notificação do primeiro caso, o Rio Grande do Norte teve acesso ao remédio para dois pacientes. Um deles foi solicitado em 15 de outubro e esperou 35 dias. No segundo caso, foi pedido em 3 de dezembro e chegou só três dias depois.

O remédio é essencial para frear o avanço da varíola dos macacos nos humanos, principalmente nos que têm algum tipo de imunodepressão, como HIV, transplante ou quimioterapia recente.

Em agosto, o ministério informou ter conseguido os primeiros lotes do remédio, após doação da fabricante, a SIGA, e disse estar em negociação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) no continente, para receber novas remessas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Terror na madrugada: Homem mata irmão com machado no interior do RN

Casal é morto na frente da filha de 3 anos na Grande Natal

Filho mata a mãe e deixa o pai gravemente ferido nesta terça (12), no Agreste do RN