Cresce procura pela adaptação de carros para o GNV no RN

Com a alta no preço da gasolina, que já passou por 11 reajustes esse ano, aumentou a procura pelo gás natural veicular (GNV) no Rio Grande do Norte. As filas para abastecer com GNV voltaram a chamar atenção em Natal nos últimos meses. A demanda para adaptar os veículos também cresceu nas empresas convertedoras.

Dados do Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) mostram que 28 veículos foram adaptados para abastecimento com GNV em agosto do ano passado. Em 2021, o número subiu para 250 no mesmo mês. Um crescimento de 793%.

O acumulado dos oito primeiros meses do ano também teve aumento de 41%. Foram 838 veículos convertidos para gás de janeiro a agosto de 2020, e 1.185 no mesmo período em 2021.

Lêda Silva, proprietária de uma empresa convertedora, revela que a procura dos clientes aumentou no último mês. “Houve realmente uma demanda em torno de 50% a mais de conversões para GNV”, falou. Ela destaca a importância de que as pessoas realizem a adaptação em convertedoras homologadas – são apenas duas em Natal – para garantir mais segurança para o motorista e a família.

Além de render mais, o preço do GNV nas bombas também é mais baixo – cerca de 40% a menos que a gasolina. Para cada R$ 1 gasto com gás natural, o motorista roda duas vezes mais que outros combustíveis.

Instalar o chamado kit-gás custa em média entre R$ 4 mil e R$ 4,5 mil. “Compensa, principalmente para quem trabalha com o veículo. Se você gasta R$ 1 mil por mês de combustível, você vai ter uma economia muito significativa, de 40% a 50%. O valor investido no equipamento, você tira em seis meses”, contou Lêda.

Segundo a Companhia Potiguar de Gás (Potigás), mais de 130 mil metros cúbicos de gás são fornecidos diariamente ao segmento automotivo no estado.

Sérgio Henrique Guimarães, diretor comercial da Potigás, conta que, para que o gás continue sendo vantajoso, a empresa vai contar com fornecedor estadual e existem tratativas para garantir uma política de incentivo, com redução de impostos sobre o gás como acontece em outros estados.

“Assinamos o contrato com um fornecedor local, da região do Alto Oeste, e o gás natural, a partir de 1 de janeiro de 2022, não sofrerá incidência do reajuste do petróleo, contribuindo para uma estabilidade de preços”, destacou. “Há uma discussão para a redução do IPVA daqueles veículos movidos a gás natural. Pernambuco tem uma redução do ICMS do gás natural, que também está em discussão com o governo do nosso estado, propostas neste sentido, para que o valor dele seja ainda menor quando comparado com etanol e gasolina”, completou.

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