Com gasolina cara, brasileiros se arriscam na ilegalidade com gás de cozinha em carro

Os brasileiros viram voltar em 2021 o que não queriam que voltasse, como a fome, a notícia, o fogareiro a lenha e o sequestro relâmpago. Agora, mais um item pode ser relacionado a essa lista: uma conversão clandestina de veículos para GLP (gás liquefeito de petróleo), mais conhecido como gás de cozinha ou gás de botijão.

Na plataforma de comércio eletrônico Mercado Livre, o kit para conversão de automóveis para GLP é vendido por valores que variam de cerca de R $ 500 a R $ 1 mil, com a promessa do vendedor de uma economia de “30% na cidade e 50 % na estrada “.

A economia prometida não é verdadeira , segundo cálculo feito por professor de finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas) e da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) a pedido da BBC News Brasil. E a prática ilegal expõe o motorista e passageiros a risco elevado de explosão.

Na Câmara dos Deputados, um projeto de lei (PL 4217/19) que autoriza oe, incluindo o de veículos, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em agosto e está pronto para ir à votação em Plenário.

O projeto divide competências no setor de gás. Representantes do segmento de GNV (gás natural veicular) – combustível que é diferente do GLP e pode ser usado em automóveis legalmente – são contrários à aprovação. Eles argumentam que ela pode estimular uma conversão clandestina e, com o aumento de demanda, encarecer o gás de cozinha para as famílias, já que entre 27% e 30% do GLP consumido no Brasil é atualmente importado.

Em agosto, o preço médio do botijão de gás de 13 kg estava em R $ 93, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), mas já superava os R $ 100 em diversos estados brasileiros, como Mato Grosso ( R $ 114), Rondônia (R $ 111), Amapá (R $ 109), Roraima (R $ 109) e Pará (R $ 102).

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